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Death of a martian

27/06/2009

Bom, não tinha mais nenhum título sobrando para falar do Michael Jackson. E tudo bem que a música do RHCP fala sobre um cachorro, mas convém ao caso, sem (quase) nenhum desrespeito intencional.

Não, nem tenho nada novo pra dizer sobre o que significou a carreira do cara, sua morte e etceteras. Se você ainda quer ler sobre isso, recomendo esse texto da Slate, que me remeteu a esse vídeo do Jarvis Cocker, do Pulp, interrompendo a apresentação de “Earth Song” no Brit Awards de 1996:

Diz o Jarvis que foi um protesto contra o messianismo do Michael Jackson, que se não me engano abençoava um rabino durante a performance, cercado de um coro de crianças (ahem). “Earth Song”, faz sentido pra um marciano.

Mas nem é disso que eu ia falar, a princípio. Ontem passou no SBT o grande e largamente inexplicável Moonwalker, espécie de filme promocional do disco Bad lançado em 88. Não tem nenhum grande plot, é uma sequência de curtas-videoclipes, um mais nonsense que o outro. Tipos, depois de uma refilmagem do clipe de “Bad” (aquele do metrô) feita só com crianças (ahem), o Michael-criança passa por uma fumaça e vira Michael-adulto de novo. Aí ele é perseguido por fãs e jornalistas de massinha, e para fugir se transforma em um coelho (pois é) e sai andando de moto ao som de “Speed Demon”. Juro:

Aí, umas lengalengas depois, Jacko está brincando no parque com crianças (ahem), entre elas o Sean Lennon, parece, quando o cachorro dele foge atrás da bola. Todos entram numa caverna e lá encontram o Mr. Big (não aquele, nem o do Sex & The City, mas sim o Joe Pesci), um gângster que quer viciar o mundo em drogas, começando pelas crianças (ahem). Enfim, daí pra frente a gente descobre que o Michael na verdade era um gângster mágico, que tira seu poder de estrelas cadentes e pode se transformar em carro, robô e nave espacial. Tudo isso pra salvar uma criancinha loira (ahem) das mãos do Mr. Big.

Bem, por incrível que pareça, esse samba do ex-crioulo-doido virou um jogo de videogame, que foi razoavelmente popular no Brasil lá no comecinho dos anos 90, e esse é o ponto que eu queria chegar. O nome oficial é Michael Jackson’s Moonwalker, e eu jogava a versão do Mega Drive, que comparada aos Shinobi e Golden Axe da época era horrível, mas tinha seu charme:

Tem também o jogo todo no YouTube, pra quem está MUITO saudoso mesmo. Mas observando esse trecho, dá pra ter uma ideia de como o axioma “Michael Jackson é esquisito” se instalou de forma perene nas psiquês indefesas da juventude que jogava isso:

  • Saem brilhos das mãos e pés dele;
  • Mesmo em 16 bits, dá pra notar que o chutinho xoxo do MJ nunca derrubaria um gângster;
  • Quando uma mulher agarra o Michael, você tem que bater nela;
  • As criança (porque era sempre a mesma) dão um gritinho “Michael!” que nunca mais sai da memória;
  • Depois de resgatar as criança da fase, um CHIMPANZÉ aparece do nada e aponta pra que lado ir;
  • Quando se sobe no piano, as teclas fazem barulho (eu achava isso muito moderno);
  • Todo mundo dança e morre na sequência. E estamos na primeira fase.

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Rearranjo espacial

26/01/2009

Bem, em internets de verdade mal dá pra notar, ainda mais quando se navega de post em post, mas durante o fim de semana em casa tentei acessar meu próprio blog e fiquei horas esperando baixar todos os gifs animados (pudera, só o cabeçalho tava com mais de um mega, hahaha)

Então decidi que agora os posts de gif animado vão ter o “jump”, pra não sobrecarregarem quem vai direto pra home. E isso me permite criar expectativas engraçadinhas, tipo… O que é ao mesmo tempo preto, branco, morto, vivo e come de boca aberta?

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